segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amigos da Nassau

Como já disse anteriormente, este blog é um instrumento que eu utilizarei para expressar minhas opiniões e sentimentos. A faculdade tá acabando! Vou sentir saudades, com certeza! Hoje, ao ligar o computador, me deparo com e-mail que me fez desabar em lágrimas. Um verdadeiro "flashback" de 4 anos e meio. Hoje eu abro espaço para este cara que é extremamente competente no que faz (Técnico de Segurança do Trabalho), que considero como meu "irmão mais velho" e que tenho uma admiração, respeito e carinho imensos!!!

Abaixo, segue a crônica de hoje. Por Bruno Almeida.

Algumas pessoas gostam de falar sobre os seus pensamentos, eu gosto de escrever, acredito que quando escrevo deixo registrado e, assim, as palavras não se perdem no vento. Há alguns meses venho pensando em escrever alguma coisa sobre os últimos quatro anos e meio. Putz! Muita coisa aconteceu! Muita coisa boa, algumas não tão boas, mas a vida é assim, cheia de altos e baixos, cheia de alegrias, venturas e desventuras, tudo junto é que nos faz ter HISTÓRIA, tudo que acontece no nosso dia-a-dia apenas reforça que estamos vivendo e não apenas existindo, e isso é muito importante.
De tudo que me aconteceu nos últimos quatro anos, preciso destacar dois fatos muito importantes e decisivos para mim. O primeiro aconteceu em abril desse ano, há pouco tempo, coisa ainda muito recente, mas que me fez mudar o modo de ver a vida. Vocês devem lembrar, perdi uma tia... Mas não era uma tia qualquer, era uma dessas tias que se fazem presentes na vida dos sobrinhos, uma dessas pessoas das quais você sabe que sempre sentirá falta... Não é fácil... Mas a vida precisa continuar, o mundo continua a girar. Mesmo quando a gente acha que ele parou, ele continua girando... O segundo fato, felizmente, é muito positivo. Há pouco mais de quatro anos iniciei minha graduação. Mais uma vez digo: felizmente. Não foi apenas iniciar um curso, mas foi o início de muitas conquistas, mas a principal de todas foi conquistar ou ser conquistado por vocês que estão lendo esse texto nesse momento. Lembro perfeitamente do primeiro dia, cheguei cedo, como de costume. A sala já estava cheia, eram muitos naquela época, sentei num lugar onde não havia ninguém por perto, não era o fundão, mas também não era a “fila do gargarejo”. Dois “pirralhos” chegaram depois e sentaram do meu lado. Iniciadas as aulas, o coordenador da época nos deu as boas vindas e, logo em seguida, já teríamos um seminário para fazer, saí no primeiro dia de aula já com um grupo de trabalho formado... Bruno, Kennedy, Stefano, Ana Cristian, Sérgio (será que alguém se lembra dele?! Hehe) e Alexandre. Uma semana depois tínhamos que entregar os nomes dos componentes do grupo a nossa “querida” Cláudia Neves, eis que surge uma intrusa, Nailma... A menina que chegou depois! Hehehe O trabalho foi feito, principalmente, por Nailma, Stefano, Kennedy e eu, enfim... Lembro das risadas no laboratório de informática, foram muitas, trabalhamos muito, mas nos divertimos muito também, o trabalho acabou sendo uma coisa prazerosa e, talvez por isso mesmo, foi um “sucesso de público e crítica”... hehehe. Daí para frente a parceria apenas cresceu, foram muitos trabalhos, muitas horas de estudo juntos, lembro de um dia, todos no salão de festas do prédio que Michele morava, um dia inteiro tentando fazer “algoritmos” (que porra é essa mesmo?! hehehe) Todo mundo cansado, estressado, com raiva da professora (coitada!!!!), a sorte é que tínhamos uns aos outros, nós nos entendíamos, nós nos bastávamos... O fato é que muitos até tentaram entrar no nosso grupo, mas poucos foram aceitos... mais parece uma sociedade secreta... Desde o início juntos, Nailma, Michele, Renata, Luciana, Kennedy, Stefano (meio lá e meio cá, mas sempre por perto) e eu, depois uma nova intrusa, Ladyane, uma forasteira que acabou ganhando o coração da galera e logo passou a ser presença constante no dia-a-dia da turma... Aqui se faz necessário registrar não só as horas de estudos, mas as horas de lazer juntos também, sempre que tínhamos dois ou três desse grupo juntos, era certeza de algumas risadas pelo menos, nos momentos mais difíceis, estávamos lá rindo uns das caras dos outros... Tiveram brigas também, não vou citar, mas que irmãos não brigam?! Lembro de quando saímos pela primeira vez juntos não foi apenas o grupo da “sociedade secreta”, boa parte da turma estava lá, Michele com seu bocão bebendo todas (lembra irmã? você fazia isso! hehehe), Diego “Moita” contando suas peripécias e todo mundo dando risada... Uma festa e tanto... Lembro do aniversário de Michele no Portal do Derby, onde ela e eu saímos sem pagar, e ela me dizia: “a gente é aniversariante, Bruno” e eu apenas ria!!!!!!! (esclarecendo: o dinheiro que a galera que estava lá tinha dado pagava a conta, nós não precisamos, assim, colocar nossa parte! Hehe)  Lembro da festa surpresa que fizeram pra mim no meu aniversário (no mesmo ano que saí do Portal sem pagar junto com Michele! hehehe)... Lembro de uma ida nossa ao Socaldinho no Pina, não estavam todos, mas lembro que saí de lá carregado por Alexandre, ao menos foi isso que me contaram, eu não me lembro disso!!!!! Lembro de Nailma ter me feito provar Tequila, pouco tempo atrás, enquanto Renata (“Mô véi”) e Luciana ligavam pra Ladyane que estava em casa de “resguardo”!!!!! hehehehe Lembro ainda dos inúmeros trabalhos que fiz junto com Kennedy e Stefano, das longas discussões sobre os trabalhos e de como tudo dava tão certo no final...
Bem “pessoas” (usando aqui o bordão de Luciana), nunca pensei que quatro anos e meio demorassem tanto a passar e, ao mesmo tempo, nunca imaginei que eles passassem tão rápido. Pela faculdade foram longos (ao menos para mim), mas pela convivência com todos vocês foram muito breves. Um antigo chefe me disse uma vez que uma coisa decisiva na conclusão de um curso universitário era a turma, os amigos que se fazia por lá. Engraçado que essa semana, Ladyane, Luciana e Eu, falávamos sobre isso. Quando receber meu diploma, ele terá um pouco de cada um de vocês. É claro, que outras pessoas passaram, eu os chamo de agregados, Simonelle, Nadja, Elisângela, Moisés, Tatielle, só para citar alguns, mas as pessoas com as quais convivi e com as quais pude contar durante esses quatro anos foram vocês.
Como disse, no início do texto, eu passei por um acontecimento que me fez mudar o modo de ver o mundo, me fez rever conceitos, me fez rever minhas prioridades e reforçar uma coisa que sempre tive em mente, “se quiser fazer ou dizer algo a alguém o faça o quanto antes, pois o amanhã é incerto”. Escrevi esse texto, não como forma de despedida, já que está bem perto da nossa convivência diária acabar, mas como forma de agradecer, primeiro a Deus, depois a vocês, por terem me aturado por esse tempo, por terem sido presença, por terem sido apoio, por terem sido amigos, acima de tudo. A vocês, Kennedy, meu irmão caçula, Stefano, meu colega Compesiano, xaroposo, mas sei que de coração bom, Nailma, a amigona que gostei “de graça” desde quando falei com ela pela primeira vez, Renatinha, minha irmã caçula (mais nova que eu 11 dias!! Hehehe), Michele, a menina que tem um bocão danado mas que é sensível como um flor, Luciana, que não tem bocão mas tem uma personalidade fortíssima e por fim Ladyane, a mãezona, que chegou por último mas conquistou todo mundo rapidinho, a todos vocês muito obrigado!!!! Obrigado pela amizade, obrigado pela convivência, obrigado pelo companheirismo, obrigado pela presença, obrigado pelo apoio pedagógico (hehehe), obrigado pelas risadas, obrigado pelos bons momentos e, principalmente, obrigado por fazerem parte dessa história! Tenham certeza, cada um de vocês tem um lugar especial no meu coração.

Forte abraço,
Bruno Almeida

Que Deus abençõe à todos nós! Obrigado Bruno, pelo texto e pela amizade! Obrigado aos demais colegas, pelo carinho e amizade! Jesus abençõe!

Dedico a todos nós, alunos da Engenharia Ambiental, Faculdade Maurício de Nassau, 2010.2

sábado, 27 de novembro de 2010

"Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós!"

Esta última semana, o Brasil, mais especificamente o Estado do Rio de Janeiro, encontra-se em destaque nos principais veículos de comunicação mundial. Não pelas suas belezas naturais, que são muitas, e que fazem ser reconhecida como a "cidade maravilhosa". Mas, infelizmente, pela violência promovida pelo crime organizado - um câncer que a debilita a décadas.

A avalanche de informações é tão grande, que fica até difícil sintetizá-las nesta crônica. Veículos incendiados; serviços públicos interrompidos; aulas suspensas; balas, milhões de projéteis cruzando o céu e testando a  força, sei lá de quem, ou melhor, mostrando a fraqueza do povo carioca. Digo fraqueza, pois eles não tem o que fazer a não ser ficar em casa e torcer para que tudo isso passe. E quando se pode ficar em casa é bom! Quantas milhares de pessoas ainda não dormiram em casa, por morarem no foco da guerra e não terem como voltar?

O Rio de Janeiro pode ser comparado a uma amostra estatística da situação na qual se encontra a nossa "Terra amada, Brasil.". E, se ainda quiséssemos resumir essa amostra em uma palavra, ela seria GUERRA. Vivemos em um estado de guerra. Guerra contra o tráfico de drogas e crime organizado; Guerra contra as nossas estruturas corruptas e altamente viciadas; Guerra contra a pobreza, desigualdade social. Enfim, são muitas guerras que travamos todos os dias, horas, instantes...

E nós assistindo tudo em nossas casas! Ver os repórteres da TV Globo utilizando coletes à prova de balas azuis, mostra a situação periclitante que vivemos. Só se pode sentir-se protegido neste país, se for utilizando um colete à prova de balas, já que nossas autoridades, desde sempre, nos deixaram ao relento, entregues à própria sorte e aos bandidos!

Nosso país precisa urgentemente encarar com seriedade a questão de segurança pública! A elaboração e, acima de tudo, a execução de um Plano Nacional de Segurança Pública é algo que urge nos corações de todos os brasileiros! Nossos políticos devem falar menos e fazer muito mais!

Todo mundo fala nesse tal "Plano Nacional de Segurança Pública" (PNSP), mas na realidade nada é feito! Na minha opinião, um bom PNSP contemplaria uma série de fatores: maior rigidez nas leis; valorização das polícias, tanto nas questões salariais quanto em armamento decente para a execução do trabalho; exclusão dos maus policiais das corporações; construção de presídios onde seja possível tornar os criminosos incomunicáveis; punição severa daqueles que colaboram com o tráfico (consumidores de drogas, parentes e advogados de presos, que se passam por "meninos de recado" dos criminosos); fim das regalias para criminosos, tais como: progressões de regime, visitas íntimas, etc.

Além disso, um bom PNSP prevê ações em várias áreas, estruturadoras de fato. Acredito piamente que a educação é o alicerce de qualquer sociedade dita organizada. Vivemos em um país de escolas literalmente "caindo aos pedaços", professores recebendo miséria para trabalhar e crianças que, aos 7 anos, muitas vezes são totalmente analfabetas ou encontram-se em um grau de "analfabetismo funcional". Ah, nossas crianças! Quantas delas estão sendo perdidas para o tráfico e para a criminalidade? Muitas vezes, viramos nossos rostos ou abaixamos nossas cabeças para elas... Depois, não teremos o direito de reclamar da violência. Lembremo-nos: Elas são o futuro do Brasil! Como disse o Rei Pelé em seu 1000º gol: "Não abandonemos as nossas criancinhas!" E só de pensar que, na época, ele foi ridicularizado por tal declaração... Agora, vendo as cenas do Rio de Janeiro, uma pergunta é recorrente: Quantos desses traficantes que hoje aparecem nas nossas TV's foram crianças na época em que Pelé disse isto? É extremamente salutar fazermos este "exame de consciência".

A violência tem vários sujeitos. Vejamos: 1) o governo. Corrupção instalada - Desigualdade flagrante. Muitas pessoas vêem no crime um meio de vida fácil e extremamente rentável para "ganhar a vida", até porque não tiveram oportunidade para, por meios lícitos, chegar a tal fim.
2) Polícia. Você deve me perguntar atônito(a): - A Polícia? E eu respondo que sim. Não podemos generalizar, pois existem muitos homens honestos nas corporações. Mas há muitos corruptos. E eles se esquecem, ao cometer tais atos, de que tem filhos, sobrinhos que podem se tornar dependentes dessa criminalidade que eles próprios fomentam... No caso específico do RJ, muitos traficantes hoje adultos, cresceram vendo o lado negativo, asqueroso e repugnante da polícia. Um exemplo disso é a chacina da candelária, onde vários jovens moradores de rua foram brutalmente mortos por policiais. Isso foi despertando o ódio de muitas comunidades pela polícia. Como a polícia representa o estado, pode-se dizer que o estado fabrica ou colabora para que sejam fabricadas pessoas violentas.
3) Sociedade Civil. Não podemos e nem devemos achar que "não temos nada a ver" com o que ocorre no RJ e em nosso país. Temos sim! Ao pagar propina a algum policial para liberarmos o nosso carro; ao ignorar nosso semelhante que vive em miséria, tornando-o mais miserável; ao consumir entorpecentes, seja em casa ou em festas, etc. Temos nossa parcela de culpa na situação que vivemos!

A união das forças estaduais do RJ e das forças armadas é algo louvável. Com uns 30 anos de atraso, é verdade, mas graças à Deus que aconteceu! Ver a vila cruzeiro sendo ocupada pela polícia e desocupada pelos traficantes foi algo que me deixou com uma "pontinha" de esperança! Esperança de que ainda tem jeito para a violência. Há quem diga que "Tropa de Elite 2" é coisa superada. O negócio agora é "Tropa de Elite 3", ao vivo nos principais canais de tv do país. Mas, realmente, parecem cenas de guerra presentes nos mais emocionantes filmes do gênero. Ver os blindados da Marinha do Brasil entrando na favela, transpondo os obstáculos impostos pelos traficantes, foi algo extasiante! Sabe aquela sensação de impotência que nós brasileiros sentimos ao ver a violência escancarada nas nossas faces? Pronto, pela primeira vez não senti isso, pois via o governo agir em resposta. Mais extasiante do que isso, foi ver os traficantes fugindo desesperados pela mata! Pela primeira vez, se sentiram literalmente "pegos no contra-pé", surpreendidos pelas autoridades legalmente constituídas.

Espero sensívelmente que essa guerra acabe. Não só pelos fuzis, metralhadoras e blindados das nossas forças armadas, mas pelo investimento no povo brasileiro por parte do Governo. Saúde e Educação de qualidade ao nosso povo para que ele seja capaz de fazer que as oportunidades apareçam e possam aproveitá-las. Sendo feito isso, um grande passo será dado para termos um país com segurança! Por fim, cito um fato curioso ocorrido ontem, dia 27/11/2010, quando um bilhete, contido numa mísera caixa de fósforo, foi entregue por uma moradora da Vila Cruzeiro a repórter da TV Globo, Susana Naspolini. Eis o texto do bilhete:

"Aos governantes e toda a força militar, nossos guerreiros, nossos heróis que vieram nos libertar, obrigada. O Rio precisa de vocês, o Rio precisa de paz. Isso vem do passado, como plataforma política! Hoje é dia de Nossa Senhora das Graças. 'Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre todos nós!' 

Dessa Nação, Abençoada por Deus!!!

Comunidade Vila Cruzeiro.

Não só a população do RJ, mas todos nós, brasileiros, precisamos e clamamos por paz, tranquilidade! Faço minhas as palavras dessa moradora da Vila Cruzeiro que, num gesto de alívio momentâneo, citou o samba-enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense para expressar um sentimento que acaba sendo de todos nós, brasileiras e brasileiros:

'Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre todos nós!'  

Dedico esta crônica a Deus, Nosso Pai; Meus Pais e meu irmão e a três pessoas: a Tio Lúcio, com quem passei a noite de ontem e amo demais; Sua filha Camila, que também aniversariou ontem e amo muito e a minha prima Geraldinha, aniversariante de hoje e que também amo de paixão!!!

Que Deus abençõe infinitamente à todos e que tenhamos um mundo mais pacífico. Não é utopia, é vontade mesmo!!!! 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Metamorfose Ambulante

Boa Tarde pessoal! Hoje é um dia muito significativo pra mim, pois a partir de hoje terei um cantinho, nesta imensidão de informações que é a internet, para postar meus textos. Hoje, o texto é curto, pois estou numa correria só. Meu objetivo é explicar o porquê de um tema tão significativo para o meu blog. O chamo de "Metamorfose Ambulante". Este nome não vem por acaso e expressa muito bem o que eu e todos nós somos e vivemos - em verdadeira mudança, seja de caráter evolutivo ou regressivo.

Todos aqueles que lerem os meus textos, vão poder ver um pouco do meu universo interior. Espero que vocês gostem e me acompanhem nesta caminhada, que tem tudo para ser muito boa! Aqui expressarei minha opinião sobre os mais diversos temas. Escancararei os meus sentimentos! Enfim, serei eu mesmo. Desde já, muito obrigado pelo carinho e atenção de todos.

Sempre nos meus textos eu gosto de fazer dedicatórias. Hoje, este texto inaugural do meu blog eu dedico a Deus, Nosso Senhor; Meus Pais e meu irmão e a duas pessoas: meu querido e dileto amigo Bruno Almeida, grande incentivador para que eu criasse este instrumento de comunicação e a Rayssa Lima, esta menina muito legal que eu pude dar uma forcinha nesta madrugada! É sempre bom ajudar as pessoas. Você faz as pessoas crescerem, cresce com elas e ainda ganha amigos!!!

Beijos e abraços à todos! Que Deus Abençõe infinitamente e até a próxima crônica!!!!!