sexta-feira, 22 de abril de 2011

A Semana Santa e as celebrações que a compõem.


Por Kennedy Francys. (com auxílio do site www.portalcatolico.org.br)

Os cristãos, especialmente nós, os Católicos Romanos, estamos vivendo um tempo marcante – a Semana Santa. Anteriormente a ela, celebrou-se nas Igrejas o Tempo da Quaresma, onde, de forma contrita e humilde, examinamo-nos e procuramos corrigir os nossos pontos falhos.
Neste ano, a Campanha da Fraternidade nos faz refletir sobre algo extremamente atual e oportuno: a preservação da vida no planeta. Em meio a uma sociedade que explora os Recursos Naturais sem nenhum tipo de manejo, nosso Planeta Terra sofre e “... geme como em dores de parto.” (Romanos 8,22). O objetivo desta Campanha da Fraternidade é simples: suscitar nas pessoas, sejam elas Cristãs ou não, a consciência de que devemos interagir com a natureza da forma mais racional possível, atingindo o tão difundido “Desenvolvimento Sustentável”, que é definido no Relatório Brundtland como “a capacidade de atender as necessidades das gerações atuais, sem impossibilitar às gerações futuras de atender as suas necessidades.”
Após o Tempo Quaresmal celebramos a Semana Santa, que se inicia no Domingo de Ramos, onde relembra-se a entrada de Jesus em Jerusalém, que é ardentemente saudado pelo povo, com status de Rei e Salvador. Com folhas de palmeira nas mãos, acenavam dizendo: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” (Lucas 19, 38).
Na Quarta-feira santa ou Quarta-feira de Trevas, celebra-se o “ofício das trevas”, que indicava, pelo menos antigamente, a oração noturna (matinas e laudes) do ofício divino nos dias Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado de Aleluia.  Hoje se resume em uma única celebração. As matinas e laudes rezadas seguidas contam 14 salmos e nove leituras, das quais algumas lamentações do profeta Jeremias. É “de trevas” pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente 14 velas em memória das trevas que cobriram a terra na morte do Senhor. Para este fim, é usado um candelabro triangular com 15 velas. A vela da ponta, a décima quinta, representa o Cristo. As outras representam os onze apóstolos e as três Marias.
Na Quinta-feira santa, relembramos a instituição da Eucaristia, quando Jesus toma a última ceia com os seus apóstolos e sabe que será traído por Judas Iscariotes. Nesta celebração, é realizado o rito do “lava-pés”, relembrando o humilde ato de Jesus, que lavou e beijou os pés dos apóstolos.
Na Sexta-feira santa, relembramos o sofrimento de Jesus no calvário pela nossa salvação e remissão dos pecados. Neste dia, não se celebra a Santa Missa. O grande ato litúrgico é a Liturgia da Paixão, onde se recorda a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e se procede a adoração da Santa Cruz – onde ao beijarmos o lenho da cruz, beijamos o instrumento da qual “pendeu a salvação do mundo”. Esta é uma celebração de caráter simples e que exige de nós a máxima contrição. Neste dia, quem tem entre 18 e 60 anos deve fazer jejum e abster-se de carne. Desta forma, nos compadecemos dos nossos irmãos e irmãs que nada tem para comer e relembramos o sofrimento de Jesus por cada um de nós. Neste dia, devemos silenciar. Não é dia de festa! É o dia em que Jesus, o Senhor do Tempo e da História, foi humilhado e sofreu todo o tipo de violência em prol da nossa Salvação.
No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia não há nenhuma atividade litúrgica na Igreja. Este é o momento em que ela se põe em um profundíssimo silêncio, aguardando a ressurreição do Senhor.
“Este é o dia que o Senhor fez para nós! Alegremo-nos e n’Ele exultemos!”. Já na madrugada do domingo, por meio da Vigília Pascal, celebra-se a Ressurreição do Senhor, relembrando a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Neste, e em todos os dias de nossa vida somos convidados a morrer para o pecado e a ressurgir para uma vida nova!


Um grande abraço a todos! Tenham uma abençoada Páscoa!

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